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Como surgiu a Rede_em_Rede

A pesquisa REDE_EM_REDE se caracteriza por uma proposta em web arte, a partir da cidade de Santa Maria/RS, especificamente a Vila Belga (comunidade que abriga ex-funcionários da Viação Férrea) e a Estação Férrea da mesma cidade (Gare), construindo narrativas com a colaboração de pessoas envolvidos com o transporte ferroviário. Num primeiro instante, a intenção foi o resgate da memória ferroviária sob uma perspectiva pessoal e social. A escolha da elaboração de narrativas digitais deu-se pois na maioria das pesquisas realizadas, torna-se recorrente o enfoque de abandono de tais locais, de cunho documental, influências na arquitetura, registros técnicos e históricos.


O interesse inicial, resultando na escolha da temática desta pesquisa, ocorreu após a colaboração na proposta artística AirCity, durante o evento arte#ocupaSM 2012. O evento internacional de arte ocorrido entre os dias 29 de maio a 2 de junho, na cidade de Santa Maria/RS, ocupou um dos prédios da Vila Belga (bairro ferroviário de Santa Maria). O prédio, sem uso definido desde 1997, foi a sede da administração da Viação Férrea do Rio Grande do Sul. O encontro contou com a participação de mais de quarenta artistas, incluindo participantes de países como: Argentina, Colômbia, Bolívia, Alemanha, e de diversas cidades do Brasil, como São Paulo, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Santa Maria.


A proposta AirCity, realizada no evento arte#ocupaSM, edições 2012 e 2013, dos artistas e pesquisadores e artistas Hermes Renato Hildebrand, Andreia Oliveira, Daniel Paz, Efraín Foglia e Jordí Sala, deu-se por meio de uma proposta artística na comunidade da Vila Belga, localizada na cidade de Santa Maria, conhecida por ser um bairro de moradia dos ex-ferroviários e suas famílias. A ação da proposta consistiu em coletar materiais sobre o local (fotos, áudios, vídeos, fotografias, depoimentos, documentos) a fim de poder contar um pouco sobre as histórias do bairro. Todo material foi reunido e apresentado no evento arte#ocupaSM (edição 2012) em uma instalação interativa, na qual os visitantes puderam acessar essas informações utilizando o celular (mapeamento do ambiente, QRCode) e, ainda, puderam visualizar fotos, ouvir depoimentos dos moradores do local, assistir a vídeos, ter acesso aos documentos da época.



Ao participar da produção de dados para a efetivação da proposta, percebi como cada história narrada pelos moradores locais era imensamente significante para eles, e durante a narração os assuntos abordados possuíam diferentes perspectivas. Histórias não oficiais, não documentadas, não são menos importantes e significativas em relação as registradas e documentadas. A partir desse trabalho, iniciei minha pesquisa rastreando o conceito de narrativas digitais, do modo como nos relacionamos com outras vozes, vivenciando e reproduzindo experiências. Com esse olhar questionei-me de que maneira esse fluxo de vozes ocorre em uma cultura mediada pela conexão em rede.


Inicialmente o intuito da pesquisa era resgatar esses relatos desses sujeitos, que ainda possuem uma forte ligação com o trem e tudo o que a ferrovia proporcionou a eles e a cidade. A partir da pesquisa das cidade que eu iria visitar, percebi que além de registar as histórias, cada cidade produz cenários diferentes, tanto em relação a utilização dos espaços, como as ações estabelecidas em cada uma. Dessa maneira, esse espaço quer propor uma possível comunicação entre tais comunidades, e possibilitar possíveis trocas entre as mesmas. O resgate histórico é importante, mas também é necessário a produção de outras coisas nesses espaços.

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